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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

EM COMPASSO DE ESPERA


O mundo ficou todo
anil
quando você abriu 
a porta
e surgiu
beijou a testa
dessa quase morta
e depois partiu
fez-se o milagre
o sangue agora pulsa
no pulso que espera
sem revolta
o correr das estações
o estacionar
da primavera
e a sua volta.
[elza fraga]


6 comentários:

  1. PRIMEIRO,não gosto que me mandem.NÃO COSTUMO MANDAR TAMBÉM.E depois não sou nada calma em relação ao amor. Esse troço de ESPERE, não combina comigo. Não saberia esperar também.

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    1. Pois eu, diferente em tempo e compasso, me acomodo e espero, sou contemplativamente paciente. Sei o tempo de espera porque sei o tempo de colheita. Quanto a mandar ou ser mandada é mais questão de ponto de vista. Gosto do imperativo! Uso o imperativo! Leoninos são assim, rsrs. Mas - como digo em pequenas gotas de poesia no meu face, #ApenasPoema

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  2. essa coisa de intimidar é um desastre

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  3. a espera deveria ou poderia ser revoltante?

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    1. Nunca poderia ser revoltante! Aprendi que a espera é melhor que a festa. Quando o esperado chega nem sempre corresponde ao que se esperou. Sou da espera, do frisson que causa, do arrepio de pensar no que poderia ser... Todos os poetas são assim, valorizando o tempo de imaginar... O melhor estado da matéria ainda é o estado de cobiça...

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Um doce pelo seu pensamento