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domingo, 5 de abril de 2009

SAUDADES DO QUE NÃO VIVI

.
Meus olhos
rasos
de saudades
de coisas que nem vi
e nem vivi

de amores apenas
esboçados
em desenhos
toscos
na mente
onde amareleci
o antigamente.

Tudo irrealmente doído.

A alma sente
diuturnamente
o que poderia
ter sido
e não foi
virou jamais
por covardia
como um membro amputado
que ainda dói
demais.

Como a pontada aguda
do nós

que não fui capaz
de compor
e nos deixei
eternamente

a sós.

(Elza Fraga)

6 comentários:

  1. Beleza e emoção! Mais um poema com a sua marca, Elza...

    Abraços,
    Lou

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  2. Oi, Lou,
    brigadim por estar aqui, entre os amigos do Tempo Inverso.
    Sua opinião é muito importante pra mim.
    Bitokitas delicadas como a sua visitinha.

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  3. Pad, bitokitas pra ti também.
    Já estive te lendo hoje,
    teu versejar me encanta!

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  4. uai, tá tendo um arroubo de arrependimentos, menina?

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  5. Estou,Arô, e como!!!
    Se eu tivesse amado, na real, todos que esboçaram amor por mim, daria para resgatar a alma!
    Não dizem que só o amor salva?!
    Mas a covardia, a religião e os ensinamentos
    das gerações passadas me ensinaram que amar a muitos é feio e pecado mortal.
    Só agora descobri que é mentira, rsrsrs.
    rsrsrsrsrsrsrsrsrsr

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Um doce pelo seu pensamento