(Respondendo aos que patentearam suas certezas)
Permita-me,
caro amigo,
a opinião
mesmo que esteja
errando no pitaco.
Penso diferente,
sou eloquente
e falo
quando certo seria
o calo,
mas como cada um sabe
onde o seu aperta
descruza as mãos
da minha garganta
pro meu berro ecoar inteiro.
Como todo bom brasileiro
me estico
nas magias e artimanhas
pra chegar inteiro
no fim do mês
quando o salário,
salafrário,
já partiu
pra fonte que o pariu.
Sobrevivência
aprendi fora da escola,
e sem direito a cola,
então muda a sua certeza
pro andar de cima
e me deixa,
por delicadeza,
me virar nos trinta
ou virar a mesa.
[elza fraga]
Interessante como a realidade é nua e crua mas ainda assim agradeço todo dia por vive-la. Não é qualquer batalha que me derruba porque eu sei que o fim de guerra é certa....E ultimamente eu quero é paz...só ela. Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirÉ, amigo, a realidade nem sempre vem, obsequiosamente, nos tirando o chapéu em cortesias e mansidão. As vezes chega no tranco, no empurrão, no susto. Concordo com você: 'O fim da guerra é certo' e a paz só então chegará.
ResponderExcluirBrigadim por 'escutar' meu desabafo, rs. Meus textos quase sempre são realidades externas, nada sobre minhas próprias vivências. Esse não, sou eu mesma colocando a boca no trombone e espalhando os donos das certezas, porque eu tenho opiniões, como todos nós, e as propago, mas fujo de tentar ser a dona da verdade. Verdade é muito relativa pra pertencer a um só. Abração de luz pra você. Fique na paz.