EU NÃO PERDI O MEDO DA CHUVA
Deixo que me molhe o rosto,
o cabelo
grudado no pescoço,
o frio enterrado lá no osso,
o vento chuvoso
que me completa
em desmazelo.
A covardia e o medo
continuam aliados,
cada um de um lado
segurando os cotovelos
gastos,
a chuva passa,
só eu
- qual estátua
cinzelada em gelo -
não passo.
[elza fraga]
passe
ResponderExcluirNão, rsrs, não passo!
ResponderExcluirO ficar, mesmo que metaforicamente,
me dá segurança...
Abração.