QUEM VEM COMIGO

sexta-feira, 26 de abril de 2013

CONTANDO TEMPO



Quando me for
que seja noite, por favor,
não me deixe,
Senhor,
perder o por do sol,

o desmair do girassol.

Suavemente,
no meu leito quente,
não nas mãos
de algum indiferente,

num lugar frio
onde todo leito
é igual,

depósito inumano,
indecente,

de gente.

[elza fraga]

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