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Acabou
pra sempre
repentinamente
o sorriso farto
o olho curioso
da menina
a brisa nas narinas
repetindo a esmo
que há vida
lá fora
apesar do vento
apesar do frio
apesar do fio
que saiu da linha
Agora é tudo história
que nem parece minha
e esta estranha insana
que me espia
a sombra
da porta da cozinha
ainda traz na mão
a faca que usou
para em fatias finas
cortar o coração
insosso
sem tempero
A tarde está calma
o céu azul
o sol sem medo
só a doida
em vigília
esconde
em segredo
a destruição
e mata por dentro
mais um pedaço
enorme
do seu tempo
em busca da extinção
e esquece o próprio enterro
e me dá as costas
e caminha morta
pra fora da porta
(Elza Fraga)
Elza,
ResponderExcluirQue belo poema porta afora, mas por dentro tão doído...gostei,viu?
Oi, Adriana, estive duas vezes no seu blog em xeretação explícita, não consegui postar comentários, mas vou continuar tentando, sou persistente, por isso, desculpe, respondo por aqui.
ResponderExcluirBrigadim pela visita, e por ter gostado deste rabisco meu.
Seus poemas são muito bons!
Particularmante gostei de... tudo, rsrsrs!
Bitokitas procê (e consegui me add como sua seguidora, pelo menos isso, rs!)