DAS DORES DA GAIOLA
Um ombro, por favor,
um ombro,
pra ajeitar
na sua curvatura
a dor
que me devastou
inteira,
devorou
minha estrutura,
a alma segue
em quietude
e chora manso,
não se iluda
quando canto,
não se iluda...
a ferida,
veja! -
‘inda viva,
‘inda lateja,
a grade da gaiola
me prendeu
a asa,
só venha
com seu ombro
me cura
e se cala...
[elza fraga]
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Um doce pelo seu pensamento