Arriei a bagagem
[pesava na alma]
no quente da rua
e,
sem eira nem beira,
sem mala nem cuia,
retornei
quase nua,
olvidei que parti.
Pronto, poesia,
mesmo que você
me receba vazia,
e me puna
com o corte
da asa
eis-me,
novamente,
aqui
de volta pra casa!
[elza fraga]
esta missão de voltar e sempre partir: asa de poema
ResponderExcluirbeijo
Voltei, com a asa da alma cortada, sem mais partidas provisórias, inconstantes, inconscientes.
ResponderExcluirO poema, como você percebeu, de punição me raptou a asa.
Agora ela lhe pertence até a travessia final, na ponte das almas,
e eu, com só uma asa, não posso partir, pés presos ao solo da poesia, pra toda vida. Minha carcereira eterna!