Tem vezes que a poesia foge
vai morar em outra freguesia
e o poeta fica inanimado
como quem morre,
como a quem falta
o pão de cada dia.
Um dia a poesia parte
some sem dizer motivo
e leva junto
o sorriso da cara
leva os sonhos
doces amigos das horas vazias
quando as madrugadas esfriadas
colocavam a pena
nas mãos enregeladas
do poeta.
E aí é como se fora
festa acabada,
velório, luto,
saudades extremadas
morte do vate...
Quando a inspiração se vai
a poesia senta na calçada
queda calada
e o poeta mudo,
fica cego,
tateia e não acha
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se morre
se mata!
(Elza Fraga)
ELZA!
ResponderExcluirA vontade é esta. Uma sensação de abandono profundo.
Belo!
Beijos
Mirze
Brigadim, Mirze, pela presença embelezando os comentários. Bitokitas e luz na estrada.
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