QUEM VEM COMIGO

sábado, 12 de setembro de 2009

AI QUEM ME DERA

.Quem me dera ser poeta
cantar o feio da vida
e transformar em beleza

proeza

Quem me dera ser princesa
entrar em conto de fada
e ser feliz para sempre

demente

Quem me dera ser presente
atado a laço de fita
deslumbre de quem me fita

bonita

Quem me dera ser poema
escrito as pressas
sem pena
rabiscado num caderno
e assinado

'ausente'

Quem me dera ser um nada
postado a margem da estrada
correndo a envelhecer

pra não querer ser o mundo

Quem me dera
não me ser

(Elza Fraga)

9 comentários:

  1. Bem ... eu gastei um dinheirão com o psicanalista para aprender a gostar de me ser ... valeu a pena.

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  2. Brigadim pela dica, Flavio,
    tô indo procurar um, rsrsrs.

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  3. Em algum momento da vida, nos sentimos assim, o de querer não ser...

    Se tornar, invisíveis... Deixar de existir... Ufa... Como seria bom...

    Te confesso que sinto isso, por vezes até demais...rs


    Beijos!

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  4. Oi, Ava, tô assim, querendo não me ser.
    Mas se não me for, quem serei?
    Rsrsrsrsrs

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  5. Muito lindos os seus versos, Elza!
    Sentimentais, puros, mágicos.
    Deu até pra viajar na melodia...

    Beijos, boa semana pra ti!

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  6. Brigadim, Ariana.
    estive no seu blog,
    vc tem um ótimo espaço.
    Bitokitas, sucesso e luz.

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  7. Elza
    Primeiro quero te agradecer teres te tornado uma seguidora do meu blog. Que sejas muito bem vinda. Volta sempre.

    Este teu poema - lindo - me lembrou de um poema da Emily Dickinson - I'm nobody, who are you?

    Beijos

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  8. Olá, querida. Acompanhar blog de leitura de qualidade é prazer, precisa brigadim não, rsrsrs.

    Já o poema que vc falou eu não conheço, se tiver manda pro meu email? Ficarei muito grata.

    Bitokitas, sucesso e luz.

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  9. Aqui o poema:

    I'm Nobody! Who are you?

    I'm nobody! Who are you?
    Are you nobody, too?
    Then there's a pair of us-don't tell!

    They'd banish us, you know.
    How dreary to be somebody!
    How public, like a frog
    To tell your name the livelong day
    To an admiring bog!



    by Emily Dickinson
    (1830-1886)

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Um doce pelo seu pensamento