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Quando enfim
me despir do cansaço
abrir os meus braços
fizer a comida
preparar a bebida
arrumar o meu colo
te chamo pra vida.
Quando enfim
eu limpar os meus olhos,
arrumar meu vestido
com os poemas paridos
e a tristeza for embora
pra lá do infinito
te mando notícias.
Quando enfim
a alma pequena
alçar céus imensos
se prender
nas estrelas
pra que eu nem mais veja
os rios correndo
descendo ladeiras
no mar se perdendo
te armo a mesa.
Quando enfim
os meus olhos secarem
e a matéria nem sangre
mais
os suores das dores,
e me nascerem flores
em cada orificio
jamais explorado
te dou meu ofício,
meu corpo, meu carma,
e meus estertores
te dou minha alma
-o chão onde piso,
em troca
de um riso
suave, sereno
te dou meus favores
amarelecendo
em cores
de um outono
de folhas pisadas
ao sabor da sorte
re-nascendo
da boca da morte
no vento.
Elza Fraga)
Ual! Mui belo, Elza!
ResponderExcluirBjs,
Lou
Oi, Lou, este era pra ser uma música, mas o parceiro que quero está com problemas sérios e ainda não pode musicar.
ResponderExcluirFico aqui na esperança da espera, rsrsrs.